um verso para ti,
como seria?
estrela primeira quando a noite principia
ou rosa rósea rompendo a madrugada fria?
seria como canto de canário
que no céu da tarde contagia?
seria como os olhos do poeta
quando a sua voz silencia
ou os lábios mudos
que se mordem quando o amor se anuncia...?
seria como o vento que varre a rua
sob o olhar de uma linda lua nua...?
um verso para ti,
como seria?
doce como mel misturado com ambrosia
ou olhos embargados pela lágrima fugidia?
um verso, simplesmente
assim, como se de repente
se inventa um poema e sorri!!!
adilson hilário
A palavra é tudo e o silêncio?....este, como instiga o verso, é o prelúdio de tudo!!!
sábado, 31 de julho de 2010
A Nossa Poesia
para Mel Gusmão
A poesia como como um laço,
como um abraço que se faz mesmo distante.
a poesia que se faz necessária,
quando a alma multifária
busca um novo carinho a cada instante.
A poesia gritada no escuro;
A poesia que suspensa num muro
observa em redor da vizinhança.
A poesia com sorriso de criança,
olhando sem medo para o futuro.
A poesia como um estrela,
escrita no céu ou brilhante num papel,
só para quem pode compreendê-la.
A poesia sem compromisso,
mas que no seu verso submisso
aceita o seu destino de ser poema
e,como uma música serena,
tocada no deserto de nossa vida
quer ser mágica e cai constrangida
no infértil solo do nosso desejo
e é só poesia trocada como um beijo
adilson hilário
para Mel Gusmão
A poesia como como um laço,
como um abraço que se faz mesmo distante.
a poesia que se faz necessária,
quando a alma multifária
busca um novo carinho a cada instante.
A poesia gritada no escuro;
A poesia que suspensa num muro
observa em redor da vizinhança.
A poesia com sorriso de criança,
olhando sem medo para o futuro.
A poesia como um estrela,
escrita no céu ou brilhante num papel,
só para quem pode compreendê-la.
A poesia sem compromisso,
mas que no seu verso submisso
aceita o seu destino de ser poema
e,como uma música serena,
tocada no deserto de nossa vida
quer ser mágica e cai constrangida
no infértil solo do nosso desejo
e é só poesia trocada como um beijo
adilson hilário
Teu Nome
Teu nome curto e lindo,
Como um feixe de luz fina
Pela fresta surgindo
Teu nome curto e puro
Como uma estrela , confina
Seu brilho no cerne do céu escuro
Teu nome como uma canção
Antiga, ensina
Que do nobre amor não se foge à sina
Teu nome como a luz matutina
reluz em meu poema sorrindo
Teu nome – rosa que perfuma
Teu nome lindo - Luma
Adilson Hilário
Teu nome curto e lindo,
Como um feixe de luz fina
Pela fresta surgindo
Teu nome curto e puro
Como uma estrela , confina
Seu brilho no cerne do céu escuro
Teu nome como uma canção
Antiga, ensina
Que do nobre amor não se foge à sina
Teu nome como a luz matutina
reluz em meu poema sorrindo
Teu nome – rosa que perfuma
Teu nome lindo - Luma
Adilson Hilário
domingo, 25 de julho de 2010
Se Eu Quiser Te Seduzir
Para Gai Gama Rosa
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que ter
A pureza de um menino
Que no seu jeito pequenino
Tem um brilho singular
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que ser
Como um rio matutino
Que no seu curso repentino
Segue sempre sem parar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que me parecer
Com um guerreiro paladino
Quando se entrega a seu destino
Com bravura no olhar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que querer
Um poema sibilino
E o seu canto, como um hino,
Vem a todos emocionar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que gemer
Como geme à tarde um sino
E no seu toque vespertino
Vem a noite anunciar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que fazer
Como faz um dançarino
Que no seu passo bem ladino
Fica livre em pleno ar
Seu eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que escolher
Como um frio assassino
- No seu pensamento aquilino
Escolhe a morte como par
Tenho que entender
O teu universo feminino
E no teu riso cristalino
Me perder, ou me ganhar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
(Adilson Hilário)
Para Gai Gama Rosa
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que ter
A pureza de um menino
Que no seu jeito pequenino
Tem um brilho singular
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que ser
Como um rio matutino
Que no seu curso repentino
Segue sempre sem parar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que me parecer
Com um guerreiro paladino
Quando se entrega a seu destino
Com bravura no olhar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que querer
Um poema sibilino
E o seu canto, como um hino,
Vem a todos emocionar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que gemer
Como geme à tarde um sino
E no seu toque vespertino
Vem a noite anunciar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que fazer
Como faz um dançarino
Que no seu passo bem ladino
Fica livre em pleno ar
Seu eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
Tenho que escolher
Como um frio assassino
- No seu pensamento aquilino
Escolhe a morte como par
Tenho que entender
O teu universo feminino
E no teu riso cristalino
Me perder, ou me ganhar
Se eu quiser te seduzir
Se eu quiser te conquistar
(Adilson Hilário)
segunda-feira, 19 de julho de 2010
um louco na vida! e a cada dia
faço da loucura meu mal necessário;
pois sei que o racional, de monotonia,
sofre e vive, assim, feito peixe no aquário.
Homicida, não me ofereço à covardia;
nem com o adstrito sou solidário.
Sou leve e expansivo...meu itinerário
é a felicidade...irmão sou da alegria.
e, quando mais adiante, a doentia
morte complementar o meu sumário,
um amigo, sobre meu lençol mortuário,
seja capaz de proferir sem demagogia
"- foi forte...foi louco...um operário
do verso...foi feliz...único...foi Hilário"
(Adilson Hilário)
faço da loucura meu mal necessário;
pois sei que o racional, de monotonia,
sofre e vive, assim, feito peixe no aquário.
Homicida, não me ofereço à covardia;
nem com o adstrito sou solidário.
Sou leve e expansivo...meu itinerário
é a felicidade...irmão sou da alegria.
e, quando mais adiante, a doentia
morte complementar o meu sumário,
um amigo, sobre meu lençol mortuário,
seja capaz de proferir sem demagogia
"- foi forte...foi louco...um operário
do verso...foi feliz...único...foi Hilário"
(Adilson Hilário)
Soneto do Ébrio
Perguntareis: “- irmão fiel, por que bebes tanto?”!
Beber é, antes de tudo, filosofia
Do alegre, do feliz, enquanto.
Segue o sóbrio o ócio da vida vazia,
Sigo eu, ébrio, rindo de canto em canto.
Dos antigos gregos, se conheceis, bebia
Poderoso Baco dum barril vazio e santo;
De Hebe, o vinho mágico rejuvenescia...
E o quero eu, mortal que sou ? Quero nada!!
Quero, quando da morte a foice roçar-me a testa,
Meu recesso com muito riso e em festa;
Com saudades, porém sem lágrimas, minha amada
Ver depositar em minha boca desfalecida
Um beijo e o último gole que eu beber na vida
(Adilson Hilário)
Perguntareis: “- irmão fiel, por que bebes tanto?”!
Beber é, antes de tudo, filosofia
Do alegre, do feliz, enquanto.
Segue o sóbrio o ócio da vida vazia,
Sigo eu, ébrio, rindo de canto em canto.
Dos antigos gregos, se conheceis, bebia
Poderoso Baco dum barril vazio e santo;
De Hebe, o vinho mágico rejuvenescia...
E o quero eu, mortal que sou ? Quero nada!!
Quero, quando da morte a foice roçar-me a testa,
Meu recesso com muito riso e em festa;
Com saudades, porém sem lágrimas, minha amada
Ver depositar em minha boca desfalecida
Um beijo e o último gole que eu beber na vida
(Adilson Hilário)
Butterfly
Para cristina
Vem o sol e descortina a manhã colorida;
Entre as ramagens e as flores pequenas,
Em revoada, agitando as asas serenas,
Entre outras, vejo a minha borboleta preferida.
Entre tantas, que na natureza há de tão belas,
Em especial, esta não me passa despercebida...
Vem de tantas outras manhãs amarelas
A visitar-me como uma velha conhecida.
Desenha-se a curva do dia e a tarde
Traz certo ar de melancolia
E a minha borboleta despede-se cansada
Anunciando que após a noite fria
Virá outra sombria madrugada
Despertar a solidão que em meu peito arde.
(Adilson Hilário)
Vem o sol e descortina a manhã colorida;
Entre as ramagens e as flores pequenas,
Em revoada, agitando as asas serenas,
Entre outras, vejo a minha borboleta preferida.
Entre tantas, que na natureza há de tão belas,
Em especial, esta não me passa despercebida...
Vem de tantas outras manhãs amarelas
A visitar-me como uma velha conhecida.
Desenha-se a curva do dia e a tarde
Traz certo ar de melancolia
E a minha borboleta despede-se cansada
Anunciando que após a noite fria
Virá outra sombria madrugada
Despertar a solidão que em meu peito arde.
(Adilson Hilário)
domingo, 18 de julho de 2010
A Poesia Nossa de Cada Dia
Para Flávia
A manhã traz com a claridade do dia
O caminhão do lixo e o latido cão.
Na padaria, onde o dia principia,
As pessoas cobiçam o fresco pão.
Poucos atentaram, porém a solidão
Do padeiro que rasgou a madrugada fria
Trabalhando o mais sagrado grão
Para o pão nosso de cada dia.
Assim, como o padeiro, o poeta também
Trabalha à madrugada no abandono
No seu ofício de poesia...ébrio de sono,
Suor no rosto...povoado de filosofia,
Fermenta o lívido grão de poesia
Que alimentará muitos...ou ninguém.
(Adilson Hilário)
Para Flávia
A manhã traz com a claridade do dia
O caminhão do lixo e o latido cão.
Na padaria, onde o dia principia,
As pessoas cobiçam o fresco pão.
Poucos atentaram, porém a solidão
Do padeiro que rasgou a madrugada fria
Trabalhando o mais sagrado grão
Para o pão nosso de cada dia.
Assim, como o padeiro, o poeta também
Trabalha à madrugada no abandono
No seu ofício de poesia...ébrio de sono,
Suor no rosto...povoado de filosofia,
Fermenta o lívido grão de poesia
Que alimentará muitos...ou ninguém.
(Adilson Hilário)
Um Verso Para Roberta
Para Roberta Vieira
Um verso para Roberta
- ávido, ímpar, profundo;
Assim, como uma janela aberta
Aos sonhos todos do mundo
Um verso sem outra intenção
Senão o de cantá-la, frente e verso
- um verso etéreo, uma oração,
Pairando sobre tudo no universo
De carinho e amor suspensos
-um verso repleto de saudades
E como um inseto a buscar a claridade
Da luz dos teus olhos imensos
(Adilson Hilário)
Para Roberta Vieira
Um verso para Roberta
- ávido, ímpar, profundo;
Assim, como uma janela aberta
Aos sonhos todos do mundo
Um verso sem outra intenção
Senão o de cantá-la, frente e verso
- um verso etéreo, uma oração,
Pairando sobre tudo no universo
De carinho e amor suspensos
-um verso repleto de saudades
E como um inseto a buscar a claridade
Da luz dos teus olhos imensos
(Adilson Hilário)
Propaganda é a Alma do Negócio
Beba o refrigerante A.
Refresca a tua sede
Coma o biscoito B.
Tem muito mais recheio
Use o sabão em pó C.
Lava muito mais fundo
Ninguém me alertou do amor...
Apenas lia no rosto de outrem,
Como se soletrasse em letra garrafais nalgum outdoor:
- AMA FULANA, não deforma, não salta as tiras e não deixa cheiro...
Ao amor, artigo de luxo, não segue anexo manual de instrução,
É de difícil manuseio e não se aceitam reclamações posteriores
Quanto a mim, consumidor logrado, elegíaco.
Resta menos que reclamar no PROCON
Da sua propaganda enganosa.
( Adilson Hilário)
Beba o refrigerante A.
Refresca a tua sede
Coma o biscoito B.
Tem muito mais recheio
Use o sabão em pó C.
Lava muito mais fundo
Ninguém me alertou do amor...
Apenas lia no rosto de outrem,
Como se soletrasse em letra garrafais nalgum outdoor:
- AMA FULANA, não deforma, não salta as tiras e não deixa cheiro...
Ao amor, artigo de luxo, não segue anexo manual de instrução,
É de difícil manuseio e não se aceitam reclamações posteriores
Quanto a mim, consumidor logrado, elegíaco.
Resta menos que reclamar no PROCON
Da sua propaganda enganosa.
( Adilson Hilário)
A Morte Do Poeta
Morreu um poeta, certo dia;
Mataram-no as solidões do mundo...
Perdido caminhava qual vagabundo,
Taciturno ante a noite fria.
Seu canto triste,hoje ao vento mora,
Trazendo à luz sua alma desgarrada.
A lua vagueia triste....a madrugada,
Quando orvalha, por ele também chora.
Cala-se atonitamente a beleza,
Enquanto a tristeza, subitamente desperta,
A dizimar quaisquer formas de amor;
Mais em prol da poesia, a natureza,
Onde jaz o corpo de um poeta,
Em recompensa faz brotar-lhe uma flor.
(Adilson hilário)
Morreu um poeta, certo dia;
Mataram-no as solidões do mundo...
Perdido caminhava qual vagabundo,
Taciturno ante a noite fria.
Seu canto triste,hoje ao vento mora,
Trazendo à luz sua alma desgarrada.
A lua vagueia triste....a madrugada,
Quando orvalha, por ele também chora.
Cala-se atonitamente a beleza,
Enquanto a tristeza, subitamente desperta,
A dizimar quaisquer formas de amor;
Mais em prol da poesia, a natureza,
Onde jaz o corpo de um poeta,
Em recompensa faz brotar-lhe uma flor.
(Adilson hilário)
As Meninas
Meninas da pele fresca e macia
Uma dourada, como a amanhã.
A outra morena, serena coma a estátua de uma deusa egípcia.
Sorriso bailando nas faces rosadas de maçãs
Sonhos e suplícios...ah,
Eu as amaria.... todas!
Cantai meninas...sorride...sonhai
E por favor, por onde quer que andeis, enfeitai
Esses nossos velhos e loucos sonhos de sempre...
(Adilson Hilário)
Meninas da pele fresca e macia
Uma dourada, como a amanhã.
A outra morena, serena coma a estátua de uma deusa egípcia.
Sorriso bailando nas faces rosadas de maçãs
Sonhos e suplícios...ah,
Eu as amaria.... todas!
Cantai meninas...sorride...sonhai
E por favor, por onde quer que andeis, enfeitai
Esses nossos velhos e loucos sonhos de sempre...
(Adilson Hilário)
O Verso
para celinha
O verso sim... o verso não
Bandeira desfraldada aos ventos da solidão
O verso não... o verso sim
Rosa sem perfume oculta no jardim
O verso sim... o verso tudo
No papel em branco, o poema mudo
O verso não... o verso agora
Para que o poeta cante, como quem chora
E cantando... chorando
O poeta o reescreva eternamente
Porque pressente
Que o verso é onde e quando!
(adilson hilário)
para celinha
O verso sim... o verso não
Bandeira desfraldada aos ventos da solidão
O verso não... o verso sim
Rosa sem perfume oculta no jardim
O verso sim... o verso tudo
No papel em branco, o poema mudo
O verso não... o verso agora
Para que o poeta cante, como quem chora
E cantando... chorando
O poeta o reescreva eternamente
Porque pressente
Que o verso é onde e quando!
(adilson hilário)
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