sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Soneto A Morfeu

Para Flávia Regina


Morfeu, Deus do sono e da noite imperiosa,
Venho vos fazer, humildemente, um pedido;
Morfeu, imperador da noite piedosa
- Trazei-a, que de amores tenho sofrido.

Sei que não é de vosso trato, e sim de Cupido
O ofício da administração amorosa;
Mas Este anda, suponho, um pouco esquecido
Ou artífice de uma festa libidinosa.

À nobre Vênus posso pedir a intercessão,
Porém, Ela não é tão justa ao voto masculino
E tende em tudo impor sua feminina razão.

Entrego a Vós, Morfeu supremo, meu destino
- Melhor o eterno sonho com o ser amado,
Que viver só, no meu mundo despertado.



Adilson hilário

Um comentário: